terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Origem do ASA NEGRA

Hoje, enquanto martelava em sonhos, Maria Antonieta (de ora avante, MA), minha vizinha do 3.ºF, com o alento de um Luís XVI envolto em berloques e lantejoulas, dei por mim a matutar que algures no cosmos, naquele mesmo instante, poderia haver um roto qualquer a enfiar um dedo no cú. Não, não é isto. Hoje, e agora sim, em conversa informal com um conhecido, fui indagado quanto à génese deste epíteto obscuro e que tão fervorosamente uso, como que se do meu nome próprio se tratasse.

Primeiro, importa esclarecer que o gajo também é um esburacado dos sete costados, porque só um gajo de bufa esboroada, é que coloca questões tão pouco pertinentes, especialmente quando se argúi relativamente à firmeza dos seios, alvos e redondinhos, de MA. “Obviamente, demito-o!”, verbalizaria e bem, Humberto Delgado. Eu, com a afectuosidade que me é particular, limitei-me a mandá-lo para o caralho, outorgando em seguida nota 10 à farta e generosa tranca de MA. Posto isto, urge então aclarar a proveniência deste cognome. “Elementar, meu caro roto!”, diria por sua vez, Sherlock ao gajo do bigode.

O meu progenitor, reputado homem de esquerda e versado Mestre nas Ciências da Educação, que daqui em diante, designarei carinhosamente por B., de Bigodes, começou a chamar-mo aquando das minhas primeiras incursões noctívagas pela Lisboa cosmopolita e seus arrabaldes. Mas mais do que isto, B., terá visto com aqueles olhos vigilantes de pai coruja, agastados pelas várias dioptrias de experiência acumulada, que também eu, tão precocemente à data, consagrava em mim, a tarimba que só as velhas aves de rapina têm, e que lhes permite dissimularem-se por entre o breu na noite, atacando depois as suas imprevidentes vítimas.

Aproveito finalmente para refutar de forma categórica, todas as considerações em que sou repetidamente acusado de padecer de uma parafilia relacionada com a inserção de dedos indicadores direitos no cú.


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